A Venezuela vive uma complexa crise política e econômica, que se arrasta por mais de quatro anos. No centro do turbilhão está o governo de Nicolás Maduro, eleito pela primeira vez em abril de 2013; reeleito em 2018 por meio das eleições presidenciais ocorridas em 20 de maio. Na mesma data foram realizadas também eleições dos conselhos legislativos estaduais e municipais venezuelanos.
Em 10 de janeiro de 2019, Maduro, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), toma posse para um novo mandato, e tem como desafio maior pacificar o país, convulsionado pelos protestos oposicionistas e por uma brutal guerra econômica, que gera desabastecimento de alimentos e produtos básicos.
Herdeiro político do ex-presidente Hugo Chávez, Maduro chegou ao poder em meio à comoção pela morte do líder que, além de impulsionar a chamada Revolução Bolivariana, colocou o país petroleiro no mapa geopolítico mundial. A ausência de Chávez, no entanto, fortaleceu a oposição, que não deu trégua ao governo Maduro, primeiro não reconhecendo sua vitória, passando por tentativas de tirá-lo do poder por meio de referendo ou promovendo protestos constantes, que se configuram como tentativas de golpes.
O Brasil de Fato está acompanhando o cotidiano da Venezuela de perto e publica aqui as reportagens produzidas por nossa correspondente no país, Fania Rodrigues.