De 15 a 18 de outubro deste ano, a Universidade Federal da Bahia (UFBA) recebe o III Seminário Internacional Conexão Escola-Mundo. Ativistas e pesquisadores de várias partes do país e do mundo irão discutir sobre a importância da Soberania Digital e do Ativismo Digital diante das grandes questões contemporâneas que envolvem as tecnologias digitais, sobretudo a partir da sua relação com a educação.

As inscrições são gratuitas e ficam abertas até o início do evento, em outubro. O evento integra-se às ações de pesquisa, ensino e extensão dos grupos Educação Comunicação e Tecnologias (GEC) da Faculdade de Educação da UFBA, Mídia-Educação e Comunicação Educacional (COMUNIC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Durante os quatro dias de evento, participarão dos debates nomes como Amaia Arroyo Sagasta da Universidade de Mondragon, na Espanha; Sergio Amadeu da Silveira, da Universidade Federal do ABC (UFABC); Rafael Evangelista, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Flavia Levefre, do Instituto Nupef; Maria Helena Bonilla e Nelson Pretto, da UFBA.

O seminário faz parte das comemorações dos 30 anos do Grupo de Pesquisa em Educação, Comunicação e Tecnologias (GEC), da Faculdade de Educação da UFBA, que traz para a programação o resgate de sua trajetória de pesquisa e extensão através de um documentário inédito, além de outras expressões artísticas.

O encontro também dá continuidade a um projeto interinstitucional e internacional de pesquisa e de comunicação científica que dinamizou uma rede significativa de pesquisadores com diferentes experiências no campo da ciência, da educação e da criação, com um forte vínculo com a educação básica, desenvolvido entre 2018 e 2022.

Dentre os objetivos do evento está o fortalecimento do vínculo entre essas instituições e a sociedade, alargando a rede com a integração de pesquisadores de outros países da América Latina, região formada por países que compartilham história e atravessam situações políticas e sociais similares.

Plataformização da vida

Desde a crise global aprofundada pela pandemia, a sociedade se viu diante de um descortinamento das desigualdades também acentuadas em relação ao acesso as tecnologias digitais. Vale lembrar que o acesso ao auxílio emergencial naquele período dependia de um aparelho conectado à internet e apesar de o Brasil caminhar para a universalização desse serviço, ele ainda está disponível de maneira eficiente para apenas 22% da população como aponta recente estudo da CGI.

A despeito disso, a sociedade vive um acelerado processo de plataformização da vida, precarização do trabalho que também avança e atravessa a educação dentro e fora das escolas. Esse cenário tem demandado esforços da comunidade acadêmica, das universidades, de ativistas e intelectuais que têm apontado para a Soberania Digital como um caminho que cria condições para se pensar o desenvolvimento e a criação nos campos da Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia como saída para essas grandes questões.

As inscrições e toda a programação estão disponíveis no site do evento.

Edição: Gabriela Amorim