Bahia

2 de Julho

Presidente da Fundação Cultural Palmares recebe hoje medalha 2 de Julho

João Jorge Rodrigues, ao lado de outras personalidades baianas, recebe honraria concedida pelo estado da Bahia

Salvador |
João Jorge, presidente da Fundação Cultural Palmares, recebe medalha 2 de Julho - Wagner Lopes

Hoje (16), às 19h, o presidente da Fundação Cultural Palmares (FCP), João Jorge Santos Rodrigues, será condecorado com a Ordem 2 de Julho – Libertadores da Bahia, no Grau de Cavaleiro, concedida pelo estado da Bahia. Instituída para celebrar a Independência do Brasil na Bahia, a comenda homenageia aqueles que promovem a garantia das liberdades públicas e a afirmação da soberania nacional. A solenidade ocorre no Museu de Arte Contemporânea da Bahia.

O presidente da Palmares integra um grupo de homens e mulheres que se destacaram nesse processo, e que receberão das mãos do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, as medalhas nos graus de Comendador, Comendadora, Cavaleiro e Cavaleira. Dentre eles estão Cacique Babau, liderança do povo indígena Tupinambá da Serra do Padeiro; o Afoxé Filhos de Gandhy; a Sociedade Protetora dos Desvalidos; Dona Dalva, sambista e integrante da Sociedade da Boa Morte, dentre outros. Outros ilustres baianos e baianas a receberem a medalha em 2023 foram Margareth Menezes, Rui Costa e Matheus Aleluia.


Medalha 2 de Julho, concedida pelo estado da Bahia para promotores/as das liberdades públicas e soberania nacional / Wagner Lopes

João Jorge Santos Rodrigues é uma das mais destacadas figuras do combate ao racismo no Brasil, sendo internacionalmente reconhecido pelo trabalho de resistência e defesa da cultura negra. Atual presidente da FCP, vinculada do Ministério da Cultura (MinC), destaca-se em sua trajetória de luta antirracista a fundação do “SOS Racismo – Bahia”; a mobilização para a inserção de direitos da população negra na Constituição da Bahia de 1989; e a articulação da campanha “Reparação Já”, pela implementação de políticas de ações afirmativas para os afrodescendentes no âmbito municipal, onde atuou também como gestor, tendo sido presidente da Fundação Cultural Gregório de Mattos.

Representando o Movimento Negro Unificado (MNU), defendeu a inserção, na Câmara de Vereadores de Salvador, do herói Zumbi em sua galeria de personalidades. Desde 1984, autou para disseminar as lutas dos negros por liberdade, como a Revolta dos Búzios.

Escritor, poeta, o baiano João Jorge Santos Rodrigue é referência, também, no campo da produção artístico-cultural, entre outros, pelo trabalho à frente do Olodum, grupo de percussão afro-brasileiro, eternizado em “Olodum - estrada da paixão”, um dos livros de sua autoria.

Edição: Gabriela Amorim