Bahia

Cinema indígena

Festival Kaapora de Cinema Indígena recebe inscrições até dia 30

Nesta primeira edição, festival será realizada em formato híbrido e apenas filmes indígenas podem se inscrever

Salvador |
Festival de cinema recebe inscrições de obras indígenas de todo o país - Divulgação

O Festival Kaapora de Cinema Indígena está com inscrições abertas até o dia 30 de maio para filmes indígenas produzidos em todo o país. Nesta primeira edição, serão premiados o melhor filme eleito pelo Júri Oficial e o melhor filme eleito por voto popular.

Com curadoria da produtora e cineasta baiana Olinda Tupinambá, o festival deve ocorrer em formato itinerante, com exibições em espaços culturais em municípios da Bahia, e contará também com exibições e debates no formato online.

Em sua primeira edição, o Festival Kaapora terá as seguintes eixos temáticos: Arte e Culturas Indígenas; Ativismo Ambiental Indígena e Relação Sociedade Natureza; e Inovação no Cinema Realizado por Indígenas. Além de dar visibilidade às produções indígenas, o evento pretende dar especial atenção à temática ambiental no cinema indígena, sobretudo em um momento de grave crise climática.

Histórico

O Festival Kaapora de Cinema Indígena e Ambiental conta com a produção dos baianos Olinda Tupinambá e Samuel Wanderley. E foi criado a partir da fusão de dois outros projetos, a Mostra Paraguaçu de Cinema Indígena e a Amotara – Mostra Olhares das Mulheres Indígenas, uma realizada presencialmente em 2018 e outra virtualmente em 2021.

Os produtores Olinda e Samuel explicam que Kaapora é o nome dado a entidade indígena responsável por manter o equilíbrio entre os seres humanos e a natureza. Este é também o nome dado ao projeto ambiental desenvolvido inicialmente na Terra Indígena Caramuru Paraguaçu, do qual derivou os premiados filmes Kaapora – O Chamado das Matas e Equilíbrio, ambos com direção de Olinda Tupinambá, nos quais a entidade Kaapora é a personagem principal.

Assim, o festival é também uma atividade de extensão do projeto Kaapora, trazendo como temáticas fundamentais as comunidades tradicionais e indígenas e a questão ambiental. “Neste festival, estas questões serão fundamentais, e os filmes escolhidos devem dialogar com essa proposta, seja discutindo diretamente com as questões ambientais, seja retratando a realidade indígena, a realidade dos povos tradicionais, do povo negro e próprio racismo que é uma das raízes do problema ambiental planetário”, explicam os produtores.

O projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia. Dúvidas sobre as inscrições podem ser enviadas para o e-mail [email protected] . As inscrições podem ser feitas diretamente no site do festival.

Edição: Gabriela Amorim