A Marcha Estadual pela Reforma Agrária segue em curso e já se aproxima de Salvador. Hoje (15), os marchantes passam pela cidade de Simões Filho e acampam já em capital. Na terça-feira (16), marcham até o INCRA, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador.

Na quarta-feira (17), está prevista a realização de um Ato em Defesa da Reforma Agrária, às 9h, na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), com a participação dos militantes e apoiadores do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A data marca o Dia Mundial de Luta pela Reforma Agrária e os 28 anos do massacre de Eldorado dos Carajás, quando 21 trabalhadores rurais foram assassinados enquanto se organizavam para uma marcha como esta.

Marchantes chegam ao Incra, em Salvador, nesta terça (16) e realizam ato na ALBA na quarta (17) / Daniel Violal/MST

“A ação, sobretudo, enfatiza a importância da Reforma Agrária como alternativa urgente e necessária para a produção de alimentos saudáveis para a população no campo e na cidade, e para o emprego de trabalho cooperado e digno para trabalhadoras e trabalhadores rurais”, enfatiza o MST.

Na última terça-feira (09), cerca de 3 mil trabalhadores e trabalhadoras saíram em caminhada pela BR-324, desde Feira de Santana com destino a Salvador, um percurso de cerca de 110 km. A Marcha Estadual pela Reforma Agrária é um ato que marca a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que esse ano tem como lema “Ocupar, para o Brasil alimentar!”.

Marcha ocupou a BR-324 em ato na Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária / Kaick Carvalho, Greiciane Souza e Daniel Violal

O objetivo é denunciar as diferentes formas de violência que afetam o campo e anunciar a Reforma Agrária Popular como projeto para desenvolvimento do campo e das famílias camponesas.

A Reforma Agrária Popular é o projeto de agricultura que combina a defesa dos bens naturais, produção de alimentos saudáveis e relações sociais igualitárias e justas.

 

Edição: Gabriela Amorim