Bahia

Jornada do MST

MST inicia hoje (09) Marcha Estadual pela Reforma Agrária

Trabalhadores e trabalhadoras rurais sem terra irão marchar de Feira de Santana a Salvador pela reforma agrária popular

Salvador |
Marcha deve percorrer cerca de 110km, de Feira de Santana a Salvador - Coletivo de Comunicação MST-BA

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), iniciou nesta terça-feira (09) a Marcha Estadual pela Reforma Agrária, em mais um ato que marca a Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária. Cerca de 3 mil trabalhadores e trabalhadoras irão marchar de Feira de Santana a Salvador, um percurso de mais de 110km.

A marcha deve chegar a Salvador no dia 17, e conta com a participação de pessoas acampadas e assentadas da reforma agrária de toda a Bahia. Durante o percurso, os trabalhadores e trabalhadoras irão promover um diálogo com a população das cidades sobre a necessidade e importância da reforma agrária do país.


Marcha é uma das atividades da Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária / Coletivo de Comunicação MST-BA

Neste ano em que completa 40 anos de história, o MST também pretende, com a marcha, denunciar para a sociedade as diferentes formas de violência do latifúndio e agronegócio, ao tempo que anuncia como saída para este cenário o projeto de Reforma Agrária Popular. A Reforma Agrária Popular é o projeto de agricultura que combina defesa dos bens naturais, produção de alimentos saudáveis e relações sociais igualitárias e justas.

A Jornada Nacional de Lutas em Defesa da Reforma Agrária, que acontece em todo o mês de abril, este ano tem como lema: “Ocupar, para o Brasil alimentar!”. Neste sentido, a marcha também é uma proposta de diálogo direto com a população dessas cidades sobre o modelo de agricultura defendido pelo MST, que extrapola os assentamentos e afeta toda classe trabalhadora.


Marcha reúne cerca de 3 mil pessoas assentadas e acampadas da reforma agrária de toda a Bahia / Coletivo de Comunicação MST-BA

Durante a marcha, estão previstas atividades de solidariedade, plantio de árvores e a denúncia contra o modelo de produção do agronegócio e as violências no campo, além disso, o Movimento prevê a realização de processos de formação e debates em torno da conjuntura durante os dias que durarem a caminhada.

Edição: Gabriela Amorim