Começou nesta terça-feira (19), o 36º Encontro Estadual do MST na Bahia, no Parque de Exposições, em Salvador, capital baiana. As atividades se estendem até a próxima sexta-feira (22), com a presença de 2 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais sem terra de dez regiões da Bahia, além parlamentares, representações dos governos estadual e federal e de diversos movimentos e organizações populares.
O Encontro é uma realização anual do Movimento e, este ano, sinaliza que um dos principais desafios é avançar na organização de processos de luta em defesa da Reforma Agrária Popular, contribuindo na mobilização em torno das comemorações dos 40 anos do MST no país.
O Encontro aprofunda também o debate em torno de diversos temas, como a conjuntura política e agrária, o debate em torno da cultura popular na construção da luta pela terra, a perspectiva da luta ambiental no enfrentamento à crise climática e a questão racial na atualidade.
Para Evanildo Costa, da direção nacional do MST, 2023 foi um ano repleto de desafios e trincheiras de luta importantes, como o enfrentamento aos despejos, ao neofascismo e à realização da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tentou criminalizar o Movimento.
“O MST viveu a maior perseguição da história, e foi o momento que mais conseguiu enfrentar, com altivez, com a cabeça erguida. E hoje nós podemos ver que mudanças estão acontecendo para que possamos avançar na construção de políticas públicas”, afirma Evanildo.
Costa fez essa afirmação durante a mesa de abertura do Encontro, que aconteceu na manhã desta terça, com a presença de um conjunto de forças políticas e representantes do governo, como a do superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) na Bahia Carlos Borges, do secretário de cultura do estado, Bruno Monteiro, e do deputado federal Valmir Assunção (PT-BA).
40 anos do MST
O Encontro na Bahia recupera a trajetória histórica do MST no estado, como parte das comemorações dos 40 anos do Movimento, que será celebrado em janeiro de 2024, tendo como marco a realização do 1° Encontro Nacional na cidade de Cascavel, no Paraná, em 1984.
Além do processo de recuperação da história, presente nas mesas de debate, nas místicas, assembleias, rodas de conversa e nas atividades culturais, a ideia é que seja possível dar continuidade aos processos de mobilização para o 7º Congresso Nacional do MST, que ocorrerá no mês de julho de 2024, em Brasília. Com isso, pretende-se incidir em projeções da luta pela terra e pela reforma agrária no estado.
* Com informações do Setor de Comunicação do MST
Edição: Gabriela Amorim