Bahia

Igrejinha de Santana

Associação distribui livros no Largo de Santana em comemoração ao aniversário de Jorge Amado

ACBMAM, gestora da igrejinha de Santana, quer chamar atenção para necessidade de reforma do espaço

Salvador |
Associação distribuirá livros no Largo de Santana, para comemorar aniversário de Jorge Amado e chamar atenção para Igrejinha de Santana - Cristina Leifer

A Associação Cultural Beneficente Monsenhor Amilcar Marques (ACBMAM), gestora da antiga igrejinha de Santana, promove na sexta-feira (25), às 18h, no Largo de Santana, Rio Vermelho, Salvador, uma distribuição de livros para a comunidade.

A atividade é alusiva ao aniversário de nascimento do escritor Jorge Amado, nascido em 10 de agosto de 1912, que está homenageado no largo com uma escultura de bronze do casal Amado, sentado num banco ao lado do cachorro Fadul. A obra, inaugurada em 2012 é de autoria do artista plástico baiano Tati Moreno.

A distribuição de livros, alguns do escritor baiano, é fruto da arrecadação de doações entre os associados feita pela Diretoria da ACBMAM, com o apoio da Biblioteca Juracy Magalhães, no Rio Vermelho, que também doou alguns exemplares de seu acervo.

Para o presidente da ACBMAM, Antonio Nery Filho, é uma oportunidade de estimular a leitura e divulgar o trabalho da entidade, que tem projeto para a transformação da antiga igrejinha em um espaço de arte, cultura e educação para saúde, contribuindo para o desenvolvimento turístico da cidade. “Acreditamos no potencial desse espaço, tão querido pelos baianos e muito significativo para a cultura. Uma nova função para esse monumento histórico, vai dar vida nova à antiga igrejinha de Santana”, afirmou.

Igrejinha de Santana

A antiga Igreja de Santana foi fundada em 1913, e seu primeiro pároco foi Antônio de Menezes Lima. Com o crescimento do bairro, uma nova igreja foi construída e inaugurada no dia 26 de julho de 1967, próxima à igrejinha.

A demolição da antiga igrejinha chegou a ser cogitada na década de 80, para dar acesso a uma rua. Na época, moradores, entidades sociais e artistas como Jorge Amado, Mario Cravo e Carybé e influentes políticos lançaram uma campanha contra a demolição para que no local fosse criado um polo cultural. Desde então, o espaço, além de um rico patrimônio arquitetônico, é símbolo de resistência cultural. Com o tempo, os problemas na estrutura física se agravaram, e as atividades filantrópicas do antigo Centro Social Monsenhor Amilcar Marques foram suspensas.

O objetivo da diretoria da ACBMAM é sensibilizar a comunidade para apoiar a recuperação física e revitalização da igrejinha, que já conta com o apoio da Paróquia de Santana e da Arquidiocese de Salvador. 

Edição: Gabriela Amorim