Movimentos populares, sindicatos e outras organizações convocaram um ato em defesa da democracia para esta segunda-feira, 09/01, em Salvador e Feira de Santana. Na capital, a concentração deve iniciar às 16h no Campo Grande. Em Feira de Santana, a concentração será a partir das 17h em frente à prefeitura.
As manifestações fazem parte de uma mobilização nacional em defesa da democracia após os atos criminosos deste domingo, 08/01, em Brasília, em que golpistas invadiram e depredaram prédios sede dos Três Poderes. Na convocatória para os atos pró-democracia, os organizadores afirmam que é importante demonstrar que as forças populares apoiam a democracia e o processo eleitoral democrático que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva.
Notas de repúdio
Diversas entidades e organizações também emitiram notas de repúdio contra os atos golpistas. A Universidade Federal da Bahia (UFBA) afirmou que “acompanha com perplexidade e indignação” os atos de ontem e exortou as autoridades competentes a investigar, responsabilizar e punir os responsáveis. “Firme na luta em defesa da democracia e dos mais elevados valores republicanos, a UFBA se soma a todas as vozes da sociedade que repudiam esses ataques, de natureza golpista”, diz a nota.
A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) também publicou nota, em que afirma que “a violência política hoje vista afronta as bases da democracia e do Estado de direito e ameaça as liberdades públicas e, deste modo, deve ser veementemente repudiada”. Já a nota da Universidade Federal do Oeste Baiano (UFOB) lembrou que “diante da barbárie acontecida na tarde deste domingo, é necessária a atuação firme, coesa e potente dos Poderes Constituídos na aplicação da lei e da ordem”. O texto publicado pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), em Ilhéus, também cobrou punição dos criminosos. A Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) ressaltou que a “defesa da democracia brasileira é tarefa constante e inadiável”.
O Movimento dos Povos Indígenas Unidos da Bahia (Mupoiba) definiu os atos de ontem como uma afronta à soberania popular brasileira. O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) convocou a militância a se manter vigilante em defesa da democracia e afirmou, em nota, que o bolsonarismo “não aceita a soberania do voto do povo brasileiro e o comprometimento do novo governo, legitimamente eleito, com a redução das desigualdades sociais”.
Já a nota do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) apontou o envolvimento dos financiadores e o papel da campanha de desinformação promovida pelo bolsonarismo. “O ato golpista de hoje, conduzido por vândalos extremistas, inaugura uma nova fase da luta pela defesa da democracia no Brasil e coloca um grande desafio para forças democráticas”. O Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA) também emitiu nota em que afirma que sindicatos e movimentos devem continuar “firmes nessa luta e na busca de paz e dias melhores para o nosso país”.
Edição: Gabriela Amorim