“[...]vestes coloridas resguardam esperanças
 aguardam a luta
Arma-se a grande derrubada branca
a luta é tramada na língua dos Orixás
é aminhã, aminhã”
sussuram 
   Malês
bantus
geges
                nagôs
          “é aminhã, Luiza Mahin falô”
(Mahin Amanhã, cadernos negros: melhores poemas)
 

Viva 2 de julho!
Viva Luís Gama e Luiza Mahin!
Viva a Bahia e o Brasil!

É desse berço histórico que esperançamos. Do olhar para Luisa Mahín, Luís Gama e tantos outros (as) lutadores (as) do nosso povo que lutaram pelo abolicionismo e tantas outras lutas de libertação do nosso povo. O que reivindicamos é uma verdadeira abolição, para que todos, todes e todas possam ser livres. Nascemos reivindicando uma segunda independência brasileira, pois compreendemos que nossa abolição está inacabada. 

Foi nesse sentido que viemos de uma Assembleia Nacional, que ocorreu em Minas Gerais, no mês de março deste ano, e que foi nomeada de Luís Gama, para que possamos construir um movimento que caiba todas, todes e todos nessa luta. Saber de onde viemos e quem estamos resgatando como nossas referências é fundamental para construir uma organização que nos caiba enquanto povo e toda nossa diversidade. Estamos entendendo que, nesse momento histórico-político, é necessário construir uma organização política que atenda os desafios dos próximos períodos, sendo necessário um movimento de massas capaz de organizar o povo e incidir na correlação de forças. Nesse sentido, nós do Movimento Brasil Popular, estamos compreendendo que a construção de um país da (o) e para as (os) trabalhadoras (es), é um esforço de milhões. Não apenas o nosso esforço enquanto Movimento Político, mas toda a esquerda comprometida com um projeto democrático e popular para o Brasil. 

Por isso, o Movimento Brasil Popular nasce com objetivo de massificar e contribuir com a organização da classe trabalhadora, cabendo nele, quem desejar estar nessa trincheira com a gente! Assim, compreendemos a importância da construção de hegemonia na sociedade, e com isso, estamos afirmando que, para essa disputa, é necessário existir a combinação de três lutas: a ideológica, a social e a institucional, associadas a organização popular. 

Para isso, estamos colocando como tarefas centrais para este ano, a construção dos comitês populares de luta, eleger Lula Presidente e apoiar as candidaturas que defendam um projeto para nosso povo, contribuindo para derrotar o Bolsonarismo não só nas urnas, mas em toda a sociedade. 

Por fim, convocamos todas, todos e todes para se somar a nós nessa luta. Quanto mais diversa, melhor! E vamos com muito cuidado nessa trajetória, sem deixar ninguém para trás. Venham conhecer o Movimento Brasil Popular e esperançar conosco um mundo melhor!

*Psicóloga Social, militante e membro pela Bahia da Coordenação Nacional do Movimento Brasil Popular.

**Este é um artigo de opinião. A visão da autora não necessariamente expressa a linha editorial do jornal Brasil de Fato.

Edição: Elen Carvalho