Bahia

OPINIÃO

FALA POVO | O que esperar de 2021?

Conversamos com dois baianos para saber como avaliam 2020 e o que esperam para o próximo ano

Brasil de Fato | Salvador (BA) |
Simone de Jesus e Aristanan Pinto destacam a importância da coletividade para superar os desafios. - Arquivo

O ano de 2020 foi desafiador para os brasileiros. Além da pandemia da COVID-19, foi preciso lidar com um governo federal incapaz de tomar medidas no sentido de atenuar os efeitos sociais, econômicos e políticos da maior crise sanitária que já tivemos. Por outro lado, foi um ano no qual a solidariedade foi combustível para a vida e alimento para a esperança. A partir disso, lançamos as seguintes perguntas para dois baianos: Qual balanço que faz de 2020? E o que espera para 2021? Confira as respostas: 

Aristanan Pinto, Produtor Cultural, Licenciado em História  e Pós Graduado em Inovação Social - Biritinga - BA

A pandemia nos trouxe uma reflexão sobre a convivência em sociedade, medição da humanidade e  sobre a paciência para ser resistente  ao processo de proteção. Mas também, 2020 foi um ano difícil politicamente e com contradições. De fato, este ano mostrou que a democracia ainda é um sonho. O mais chocante é a maioria da população naturalizar a morte e não olhar o dever de proteger o outro. Por outro lado, vimos muitos atos de coletividade por um tanto de pessoas que têm o olhar de ajudar o outro e também fazer ações sociais para combater a COVID - 19 entre os vulneráveis. Espero que, em 2021, a vacina esteja disponível e que venha novos horizontes para superação politica, econômica e social.

Simone Jesus, Militante da Consulta Popular e MAM - Bom Jesus da Lapa - BA

2020, de fato, não foi um ano fácil para a classe trabalhadora . Mas, ao mesmo tempo em que lutamos para sobreviver à uma crise econômica e sanitária que recai sobre nossas costas com ainda mais profundidade pelo o descaso desse governo, nós exercitamos a solidariedade organizativa para com nosso povo. Ficou claro que é "nós por nós" e isso reafirma a necessidade de construção do mundo que queremos. Dentro desse contexto o futuro é tão turvo, sabemos que o ano novo não trás "boas novas" e nem será mais fácil ou resolverá os problemas do nosso povo, e entender isso não significa desanimar, pelo o contrario,  significa que precisamos estar cada vez mais organizados e organizadas para que juntos e juntas possamos construir táticas que garantam a sobrevivência do nosso povo e que nos leve a nossa estratégia final.
 

Edição: Elen Carvalho