Bahia

Cólera

Ministério da Saúde confirma caso autóctone de cólera em Salvador

Último caso que não foi trazido de outro país foi detectado em 2005 em Pernambuco

Salvador |
Último caso de cólera surgido no Brasil foi registrado em 2005 em Pernambuco - DIVE/SC

Ministério da Saúde (MS) publicou no último dia 20 uma nota técnica em que confirma a identificação, em Salvador, de um caso autóctone de cólera, ou seja, um caso em que a pessoa não se contaminou em viagem fora do país. A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) afirmou, em nota, que se trata de um caso isolado.

“O indivíduo não tem histórico de deslocamento para países com ocorrência de casos confirmados, nem de contato com outro caso suspeito ou confirmado da doença”, explica a Sesab. A nota técnica do Ministério da Saúde informa ainda que o paciente, um homem de 60 anos, desde o dia 10 de abril já não transmite mais o agente do cólera.

A Sesab informou também que todas as medidas necessárias para prevenção e controle, como análise da água, foram prontamente implementadas e que a situação está sendo monitorada.


Prevenção da doença exige ações individuais de higiene simples, mas também infraestrutura de saneamento básico / Infográfico: Sesab

 
Os últimos casos autóctones de cólera foram identificados no Brasil em 2005, em Pernambuco. E o último caso da doença adquirida por paciente brasileiro em outro país foi identificado em 2018. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), atualmente há 31 países com registros de casos ou surtos de cólera declarado em todo o mundo, sendo apenas dois nas Américas (Haiti e República Dominicana).

Na nota técnica, o Ministério da Saúde ressalta a importância dos profissionais de saúde na identificação de casos suspeitos e comunicação às autoridades de saúde. “Os profissionais de saúde devem conhecer a doença e as definições de caso suspeito de cólera, conforme estabelecido no Guia de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde”, diz o MS. Essas definições constam na nota técnica.

A Sesab e o MS destacam também a importância de ações individuais para a prevenção, como higiene pessoal adequada e limpeza dos alimentos a serem consumidos crus, mas também das políticas públicas de saneamento. “A prevenção e controle da cólera, dependem de condições adequadas de saneamento básico, hábitos de higiene pessoal e manipulação segura de alimentos. Ações de educação em saúde devem enfatizar a importância da lavagem das mãos e cuidados com alimentos”, afirma a nota técnica.

Edição: Gabriela Amorim